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O que é emulador de videogame e para que isso serve?

Um emulador é um software capaz de criar um ambiente específico e, dentro dele, reproduzir as funções de um programa ou, até mesmo, equipamentos de hardware não disponíveis naquele momento.

Um emulador é um software capaz de reproduzir as funções de um programa ou, até mesmo, equipamentos de hardware não disponíveis naquele momento.

Muitos emuladores surgem como soluções fundamentais para profissionais de diversas áreas. Um desenvolvedor pode ter a necessidade de acessar um ambiente Mac no Windows, por exemplo.

Para isso, ao invés de ter que comprar uma máquina da Apple e realizar os testes que precisa, ele utiliza um emulador. Desenvolvedores de aplicativos móveis também contam com ferramentas de emulação para testar suas criações em um Android. 

Além de ajudar nas atividades profissionais, os emuladores também dão uma forcinha para quem curte jogos eletrônicos – em especial, os amantes de games mais antigos.

Isso porque um emulador de videogames é capaz de recriar todas as funções de um console dentro do ambiente do seu computador, tudo por meio de softwares desenvolvidos para a tarefa.

Como funciona?

Há duas formas de um emulador trabalhar. A de baixo nível (Low-level emulation, ou LLE) e a de alto nível, (high-level emulation HLE). Suas diferenças se resumem, basicamente, a forma primária de como essa emulação é realizada.

Low-level Emulation (LLE)

No caso da emulação de baixo nível, você encontra a simulação de comportamento do hardware a ser “copiado”. Para tanto, o computador irá criar, por meio de um software, o ambiente necessário para que essa emulação aconteça da forma mais fiel possível.

Isso significa que não só os resultados obtidos com o uso desse hardware serão copiados, mas sim todo o seu comportamento, a forma como funciona e os sinais que ele envia enquanto trabalha. 

Toda essa fidelidade ao processo tem seu ponto negativo. Isso porque, quanto mais componentes e quanto maior for a complexidade desse aparelho, mais complicado será o desenvolvimento desse emulador.

Muitos videogames antigos, por terem sistemas mais simples, usam esse tipo de emulação de baixo nível.

Muitos videogames antigos, por terem sistemas mais simples, usam esse tipo de emulação de baixo nível. Seus componentes, como o MOS 6502 ou Zilog Z80, são popularmente conhecidos por programadores desse tipo de software, o que facilita a programação.

Além disso, um sistema de emulação LLE não fica preso ao trabalho de programação de software. Ele pode, também, funcionar por meio de hardware. Um bom exemplo disso é o PlayStation 3 que conta com o hardware do PS2 em sua construção. Dessa forma, ao invés de o programa do videogame copiar o funcionamento do seu antecessor, ele já conta com as “ferramentas físicas” capazes de realizar o serviço. 

High-level Emulation (HLE)

O que é emulador HLE? Trata-se de uma forma diferente de se fazer esse processo de reprodução. Aqui, ao invés de se copiar o comportamento do hardware, emula-se as suas funções como um todo. Isso só é possível graças a uma mudança na forma como a computação passou a trabalhar nos anos noventa, utilizando a chamada Camada de abstração de hardware (CAH).

CAH é uma “camada” que trabalha entre o hardware físico e o computador, que tem como objetivo tornar a “conversa” dos recursos do PC.

Trocando em miúdos, a CAH é uma “camada” que trabalha entre o hardware físico e o computador, uma espécie de programa, cuja função é eliminar as diferenças de hardware e software, tornando mais fácil a “conversa” entre todos os recursos de um PC.

Com o CAH, um programador consegue pular etapas na hora de criar o emulador, tirando proveito da sua facilidade em eliminar o “como isso funciona?” dentro de cada mínima tarefa na hora de criar a emulação de um determinado aparelho de hardware. 

Com isso, a emulação de alto nível segue três etapas para funcionar: interpretar e copiar as instruções do que “deveria” estar fazendo, recompilar as instruções processuais do hardware a ser emulado, otimizando tudo para que funcione melhor e mais eficientemente e listar intercepções.

Essa última tarefa é uma das mais intrincadas, pois o emulador precisa copiar as informações que a CAH obtém dos co-processadores do hardware que está sendo copiado, reinterpretar esses dados e convertê-los para que os processadores do PC saiba utilizá-los.

Se o videogame a ser emulado conta com um processador de vídeo, o emulador pegará esses processos, irá reescrevê-los e os tornará legíveis para a GPU do seu computador. 

Dessa forma, se o videogame a ser emulado conta com um processador de vídeo, por exemplo, o emulador pegará esses processos, irá reescrevê-los e os tornará legíveis para a GPU do seu computador. 

Trazendo para o mundo dos consoles de mesa, essa é a maneira que um Xbox One trabalha para emular o Xbox 360 e permitir que seus jogos sejam rodados ali, sem a necessidade dos componentes de hardware de seu antecessor.

Videogames

Graças aos emuladores, hoje praticamente todo mundo têm acesso a videogames clássicos e que dificilmente poderiam ser jogadores por novas gerações.

Títulos que até mesmo haviam caído no esquecimento voltam a ser tema de debate em sites e rodas de amigos e memórias são reconstruídas. Basicamente é instalar o emulador, baixar os jogos, configurar os controles e mandar ver.

Além disso, os emuladores também permitem uma forma diferenciada de jogar. Isso porque em muitos casos eles conseguem “melhorar” o desempenho de videogames antigos, deixando gráficos mais bonitos ou dando mais fluidez as partidas, por exemplo.

Outro ponto em questão é permitir que o jogador use ferramentas que eram impensadas na época, como reconfigurar botões de forma totalmente personalizada ou, ainda, lançar mão de “saves” na hora que desejar, não ficando refém dos famigerados passwords de antigamente.

Emuladores populares

Hoje em dia existem emuladores populares para praticamente todos os videogames mais antigos. Você encontra alternativas para jogar clássicos de várias eras diferentes, desde o Atari e o Amiga até seus títulos favoritos de SNes. Confira alguns dos emuladores mais populares. 

Stella: para os fãs do Atari 2600, um dos responsáveis pela revolução da indústria dos games, esse emulador é fundamental.

Kega Fusion: se você viveu a fase dos grandes sucessos da Sega, aqui você é capaz de emular jogos do Master System, do Game Gear ou mesmo do Mega Drive, por exemplo.

FCEUX: aqui o jogador encontra uma boa opção para rodar games do clássico “Nintendinho”, o Nintendo 8-bits.

ZSNES: andando um pouco para o futuro, aqui você tem o emulador que recria os games do sucessor do Nintendinho, o Super Nintendo.

Project64: ainda falando de consoles da Nintendo, aqui o jogador encontra os sucessos do Nintendo64.

ePSXe: se a sua praia era mais o primeiro PlayStation, aqui fica a dica do melhor emulador para este videogame.

Restrições legais

A utilização de emuladores é tema de debate intenso não só no Brasil, como também em boa parte do mundo. E a resposta para a pergunta “será que utilizar emuladores é crime?” é simplesmente: depende.

Isso varia de empresa para empresa e, vai da detentora dos direitos dos produtos determinar se permite ou se proíbe a reprodução de seus videogames ou jogos eletrônicos por meio de outras plataformas.

Há diversos casos de empresas que já estão licenciando famosos emuladores para “reavivar” a venda de games clássicos. Outras permitem que o emulador seja uma espécie de backup virtual para os seus títulos. 

Contudo, a legislação, pelo menos no Brasil, ainda é nebulosa nesse sentido. Há argumentos que podem defender os emuladores, como o seu uso para preservação histórica dos jogos antigos, por exemplo.

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Fonte(s): PC Gamer, Adrenaline, Oficina da Net  e Tech Target