Estar familiarizado com as regras dos jogos online nos quais você se diverte é fundamental para evitar problemas quando atalhos para tornarem as disputas mais fáceis surgirem no caminho. É o caso do chamado elojob, uma prática comum em games como League of Legends e Overwatch.

A prática de elojob é também conhecida como Elo Boosting, uma espécie de manipulação do gerenciador de partidas. Se descoberta, a prática é punida pela maioria das desenvolvedoras de jogos e, embora a princípio não haja danos para terceiros, esse tipo de combinação influencia diretamente nos rankings.

O que é elojob e por que ele é proibido?

Podemos definir elojob como o ato de pagar outro jogador para que ele dê um boost em sua conta de usuário. Isso acontece das mais diversas formas, desde o simples empréstimo da conta para outro usuário mais experiente até partidas simuladas entre contas distintas visando única e exclusivamente aumentar a pontuação de um usuário.

À primeira vista, muitos usuários podem argumentar que não veem problema nessa situação, pois ninguém é prejudicado diretamente por conta disso. Entretanto, esse método influencia diretamente no posicionamento dos rankings, e é justamente aí que terceiros podem ser prejudicados, por uma espécie de concorrência desleal.

Aqueles que pagam pelo serviço também podem ter as suas contas banidas

Além disso, essa é uma prática muito lucrativa no mundo dos eSports. Há vários jogadores especializados em “esquentar” determinadas contas, em troca de pagamento – o que também é proibido de acordo com as diretrizes do jogo. As desenvolvedores desses jogos já chegaram, inclusive, a punir profissionais por conta dessa prática.

Ao se passar por outro usuário que não você, em uma determinada conta, o jogador pode ser acusado de falsidade ideológica. A prática é proibida mesmo que não exista dinheiro envolvido na negociação. Entretanto, em muitos casos, somente com denúncias é possível verificar se a prática está ocorrendo ou não.

Ligas ranqueadas primam pela igualdade de condições

Todas as ligas competitivas costumam colocar nas mesmas chaves jogadores com ranking similar, de forma a manter as disputas equilibradas. Quando um jogador sobe de elo sem, necessariamente, merecer ou ter condições de competitividade, ele acaba prejudicando a sua equipe – o que resulta em campeonatos menos equilibrados.

Em 2018, dois atletas sul-coreanos foram punidos por conta da prática de elojob no cenário competitivo de Overwatch: Su-min “SADO” Kim, da equipe Philadelphia Fusion, e Min-seok “OGE” Son, da equipe Dallas Fuel. O primeiro recebeu uma suspensão de quatro jogos, enquanto o segundo pegou uma pena de 30 jogos por ser dono de uma empresa que prestava esse tipo de serviço.

No Brasil, casos similares ocorreram em 2014, mas em League of Legends. A equipe Seven Wars e-Sports teve cinco jogadores suspensos de competições por um ano após a comprovação de que todos estavam envolvidos em esquemas de elojob.

É importante ressaltar ainda que aqueles que pagam pelo serviço também podem ter as suas contas banidas, pois da mesma forma desrespeitam as regras do jogo.

Por fim, é importante salientar que há várias formas de se verificar a idoneidade das contas. Uma delas é a geolocalização. Um usuário que faz login em um conta em São Paulo e, 20 minutos depois, faz login na mesma conta no Recife, certamente está dividindo a sua conta com outras pessoas – uma prática passível de punição.

Portanto, para não correr riscos, nada melhor do que seguir as regras do jogo e tentar crescer honestamente, não é mesmo?

Fonte: Riot Games