TECNOLOGIA

Como funciona um mouse com sensor a laser?

Você se lembra do tempo em que o mouse usava uma bolinha no lugar do sensor a laser? Além de pegar sujeira, aquele sistema era completamente impreciso, fazendo muita gente lutar para clicar no lugar certo.

Felizmente, a tecnologia deste periférico evoluiu a passos largos e hoje contamos com os mais avançados sensores do mercado, capazes de reconhecer deslocamentos micrométricos sobre o mousepad.

No mercado atual temos os modelos à laser e os ópticos

Atualmente, há dois tipos principais de sensores: os modelos à laser e os ópticos. Esta nova geração de equipamentos garante uma resposta precisa até mesmo nos movimentos mais rápidos, sejam eles realizados durante um jogo ou em um editor de imagens.

Mas você já parou para pensar de fato como funciona um mouse a laser? Como será que aquela pequena luz na parte de baixo faz a leitura da superfície e controla o cursor na tela do seu computador? Mostraremos tudo isso a seguir, explicando em detalhes a magia do mouse moderno!

Mouse Razer Naga, um dos mais famosos por utilizar sensores a laser

Como funciona um mouse a laser

O mouse a laser utiliza um sensor óptico para ler a superfície que está logo abaixo dele. Conhecido como CMOS, este sensor é composto por milhares de transdutores fotossensíveis e age como uma micro câmera, capturando diversas imagens por segundo (é o chamado polling rate, ou taxa de amostragem). 

A partir dessas informações, um pequeno processador interno ao mouse interpreta as informações e determina fatores como velocidade de deslocamento do cursor, aceleração e direção. É assim que o mouse reconhece cada movimento que você faz. 

Como todos os sensores, este CMOS precisa de uma fonte de luz. É aí que entra o laser: ele ilumina a superfície e retorna a informação através de um complexo conjunto de lentes. Confira uma simulação dos trajetos da luz no diagrama abaixo:

Muitos dos emissores de laser utilizam frequência não visíveis ao olho humano (como infravermelho). Dada a precisão e a intensidade dos feixes luminosos, alguns modelos conseguem não apenas informações da superfície, mas também das camadas um pouco mais profundas do material utilizado como mouse pad.  

Quais as vantagens de utilizar um mouse a laser

Ao contrário dos antigos mouses de bolinha, os novos modelos não possuem partes móveis envolvidas no rastreamento dos seus movimentos. Isso se traduz em uma precisão de movimento infinitamente maior.

Outra importante vantagem é a desnecessidade de limpeza constante, já que não há muitos espaços por onde a poeira possa entrar. 

Você não precisa limpar frequentemente os mouses à laser

Os modelos a laser tiveram um período de ascensão rápida no mercado, por oferecerem respostas melhores em relação à primeira geração de mouses ópticos com LED, além de serem compatíveis com os mais variados materiais.

É possível utilizar modelos com sensor a laser inclusive sobre superfícies como o vidro, sem muita perda de precisão. 

E o mouse óptico, é melhor ou pior?

Tecnicamente, ambos os tipos de sensores são considerados ópticos, por utilizarem o CMOS para capturar o deslocamento do periférico sobre uma superfície. A diferença entre o mouse a laser e o óptico está no tipo de iluminação utilizada. No óptico, a luz é emitida a partir de um LED.

Em suas primeiras gerações, os modelos com iluminação LED não eram tão precisos, além de terem vários problemas de compatibilidade com superfícies translúcidas ou refletivas, como mencionamos acima.

Outro problema era a quantidade de DPIs oferecida, muito baixa para uma resposta adequada.

A taxa de DPI (dots per inch) determina o número de pontos por polegada que serão interpretados para o movimento na tela. Valores maiores leem mais pontos da superfície e se traduzem em uma sensibilidade mais alta, exigindo pouco deslocamento do mouse para percorrer grandes distâncias com o cursor no PC.

Quanto maior o DPI, maior a sensibilidade

Atualmente, praticamente todos os modelos de mouse disponíveis no mercado têm ajustes de DPI mais do que suficientes para atender a todos os gostos, desde um editor de vídeos até um pro player (inclusive, a maior parte dos jogadores prefere níveis de sensibilidade mais baixos, normalmente entre 400 e 1600 DPI).

Um avanço significativo para os modelos ópticos

Apesar de terem atravessado uma fase “mediana”, os modelos de sensores ópticos ultimamente têm sido os mais utilizados por todas as fabricantes, principalmente por aquelas com foco em jogos, como Corsair, ASUS, Logitech e Razer, por exemplo.

Os novos modelos trazem sensores extremamente precisos, capazes de chegar até a 20 mil DPI, além de econômicos do ponto de vista energético. Isso tem impulsionado uma nova geração de periféricos Wireless, dotados da mesma qualidade e velocidade de resposta dos modelos com fio, sem exigir recargas constantes. 

Até mesmo a questão da compatibilidade com superfícies tem melhorado. Muitos dos softwares gamer trazem uma função de ajuste da resposta do mouse com base no material do mouse pad, dando ainda mais precisão aos jogadores.

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Fonte(s): Corsair, Digital Trends e Player ID