TECNOLOGIA
Half Life Alyx: 3 tecnologias que podem impulsionar a realidade virtual nos jogos
Depois de 13 anos de especulação sobre o paradeiro de Gordon Freeman, G Man e companhia, a Valve finalmente revelou que um novo Half-Life estava a caminho. O lançamento não foi o tão aguardado Half Life 3 (ou Episode 3), mas sim Half Life: Alyx, um game feito exclusivamente para Realidade Virtual. Hoje mostraremos as tecnologias de ponta utilizadas no projeto, que podem finalmente impulsionar o VR nos jogos.
Sendo um de seus maiores projetos recentes, a Valve investiu pesado em pesquisa e desenvolvimento para contornar diversas das barreiras que causam dificuldades aos jogadores de RV, tais como problemas de movimentação, enjoo e até mesmo as limitações de espaço físico.
Veja algumas dessas novidades a seguir
As tecnologias de Half Life Alyx para impulsionar a realidade Virtual
1. Um mundo controlado pelas leis da física
Em um primeiro momento, Half Life Alyx pode não parecer ter os melhores gráficos já vistos em um jogo para PC, mas pouco a pouco o jogador descobre todo o cuidado da desenvolvedora em criar uma experiência de pura imersão na realidade virtual.
Todo o conjunto gráfico foi otimizado para garantir fluidez de desempenho e altas taxas de frames por segundo. Isso é crucial, justamente para que os jogadores não sofram com náuseas, sensação de desorientação ou ainda de desconexão com o universo em VR.
Mais do que isso, a Valve se preocupou em fazer com que o universo do game seja crível para os players. Isso significa que praticamente todos os elementos do cenário são interativos, de pequenas latas de alimento a objetos como cadeiras, plantas, pilhas, portas, lixeiras, cartuchos de munição… A lista é grande!
A resposta também é precisa, sem tremidas ou bugs grotescos vistos em outros jogos do gênero. Quer brincar de dominó com um monte de caixas? Sem problemas… Quer revirar uma caixa para ver se há algo de útil dentro? Vá em frente, o jogo deixa você fazer isso tudo manualmente.
Vá em frente, o jogo deixa você fazer isso tudo manualmente.
Há partes do game em que a Valve deixa o jogar explorar essa tecnologia de forma intencional, seja tocando um piano virtual (e completamente funcional) ou desenhando nas janelas e quadros de giz.
Não bastasse a interatividade, esses objetos se comportam como esperado no mundo real, tendo características de aceleração, peso e resposta às leis da física. O ato de atirar, tão trivial nos shooters de PC, se transforma em algo bem mais complexo, exigindo coordenação, mira e recargas.
Você precisa ejetar o pente atual, puxar um novo do seu estojo, inserir no tambor e engatilhar a arma. Sabe aquela coisa de recarregar sempre que o pente está pela metade? Se você fizer isso aqui, verá as balas que ficaram perdidas no cartucho. Não é mais uma questão de mover o mouse e clicar.
2. Feito para todos os gostos e setups
Uma das maiores barreiras para a adoção da Realidade Virtual é o espaço físico. Muitos dos jogos atuais exigem um setup complexo, com sensores espalhados pelos quatro cantos do cômodo e uma área consideravelmente grande para que os jogadores possam fazer os movimentos pedidos pelo game sem quebrar o monitor ou chutar algum móvel.
A Valve pensou diferente em Half Life Alyx: aqui a experiência precisa se acomodar ao que o jogador tem disponível, do tamanho do cômodo ao equipamento e sensores utilizados. A primeira parte é o setup do quarto ou sala. Jogadores em grandes ambientes podem fazer uso dos recursos mais avançados de reconhecimento de movimentos.
Jogadores em grandes ambientes podem fazer uso dos recursos mais avançados de reconhecimento de movimentos.
Já aqueles com setups mais modestos podem optar por jogar de forma mais simples, sentados em um banco e com menos movimentos físicos. Há suporte para os principais modelos de óculos do mercado, a exemplo do Oculus Rift, do HTC Vive, sendo o Valve Index o mais indicado para quem quer a experiência completa de imersão.
Um movimento, diversas formas
Quando o assunto é cruzar a City 17, a Valve também mostra toda a experiência adquirida ao longo dos anos, com projetos como Bone Works. A empresa pesquisou a fundo os métodos de movimentação que melhor funcionam em ambientes de realidade virtual e ofereceu aos jogadores 3 opções:
- Movimentos por teletransporte ponto a ponto
- Movimentação tradicional (Contínuo) por direcionais analógicos
- Movimento Shift, por aproximação suave
Explicação dos diferentes métodos de movimentação disponíveis em HL: Alyx
A primeira opção é o Movimento por teletransporte. Com ele o jogador permanece estático no cenário até definir um local para onde deve ir. Ao selecionar o destino, a câmera se transporta imediatamente. É a forma mais indicada para quem joga com controles mais limitados e sem botões de movimento dedicados.
A segunda opção é o Movimento contínuo, por analógico. Essa é a opção mais recomendada, dando ao jogador total liberdade para caminhar pelos cenários com o direcional.
Por fim, temos o Movimento Shift, com aproximação suave. Esta é uma variação do teletransporte, com a diferença de que os jogadores são levados de um ponto a outro de forma mais gradual, vendo todo o trajeto sendo percorrido. É o ideal para quem prefere se concentrar nos movimentos de mão, mas não gostou dos cortes abruptos da primeira opção. Pode ser a mais indicada também para evitar os enjoos e outros sintomas causados pela exposição à realidade virtual.
3. A realidade virtual explorada em sua plenitude
A peça final de Half Life Alyx que o diferencia de todos os outros jogos já lançados é a qualidade dos Puzzles (quebra-cabeças). O jogo faz uso de mecânicas inovadoras a cada capítulo superado, sempre achando formas de surpreender o jogador e renovar a experiência.
A campanha tem sequências que desafiam o jogador constantemente, amparadas por cenas de ótima qualidade, com Iluminação de ponta, sombras em ambientes internos que reagem aos seus movimentos e personagens animados aos mínimos detalhes de expressão facial. Aqui, tudo é feito para que você mergulhe de cabeça na Realidade Virtual!