O Universal Serial Bus, popularmente conhecido como UBS, funciona desde 1996 como um dos padrões de transferência de dados mais utilizados do mundo da informática. E, se a sua adoção mais de 20 anos atrás foi relativamente lenta, hoje em dia não conseguimos imaginar a utilização de um computador sem as suas facilidades. Vamos conhecer as funcionalidades do usb 3.0.

Mais do que um padrão de comunicações, o UBS significa aparece como uma espécie de facilitador para o mundo da eletrônica. Isso porque antigamente cada periférico a ser conectado no computador contava com sua própria conexão e, consequentemente, o teclado tinha um tipo de entrada, o mouse tinha outra e assim por diante.

Com o USB tudo isso foi sendo descomplicado, pois todo mundo passou a utilizar o mesmo padrão de troca de dados. Os benefícios foram muitos: barateamento na produção dos produtos, melhora na velocidade de transferência de informações, simplificação de placas-mãe, etc.

Dessa forma, nada mais natural do que conseguirmos visualizar evoluções tecnológicas também na ferramenta de transmissão de dados. Inclusive, com a popularização dos smartphones, pudemos acompanhar certa aceleração neste sentido, com muitas novidades surgindo no mercado, tudo visando sempre trazer melhorias para a sua utilização.

Contudo, muitas vezes fica um pouco nebuloso: com uma “atualização” dos USBs, o que é que pode melhorar nos meus dispositivos? Será que é tão necessário assim eu buscar imediatamente as novas tecnologias assim que um novo aparece no mercado?

USB 2.0

O USB 2.0 surgiu no começo dos anos 2.000 e foi o grande precursor da adoção em massa desse tipo de conexão. Se a primeira versão do barramento era considerada lenta em comparação às alternativas presentes no mercado naquela época (anos 1990), o 2.0 veio para colocar um ponto final neste problema.

Com uma largura de banda cerca de 40 vezes maior do que o seu antecessor, o USB 2.0 permite o envio ou recebimento de dados a velocidades teóricas de 480 megabytes por segundo – algo surreal para o ano de 2002.

Ao possibilitar também a transferência energética pelo mesmo “caminho”, vamos dizer assim (com intensidade de 500 miliamperes), o USB 2.0 acabou sendo o escolhido para funcionar como “cabo padrão” para todos os gadgets portáteis que surgiram nas últimas duas décadas. 

O USB 2.0 acabou sendo o escolhido para funcionar como “cabo padrão” para todos os gadgets portáteis que surgiram nas últimas duas décadas. 

Se pegarmos uma câmera digital, por exemplo, produto que se popularizou muito antes da invasão dos smartphones, fica mais fácil de entender. Com o USB, o usuário podia carregar sua máquina fotográfica e/ou carregá-la utilizando a mesma porta e o mesmo cabo.

USB 3.0

Se a atualização para USB 2.0 foi o grande salto de qualidade que permitiu a adoção massiva do padrão, há quem diga que o 3.0 representa um aumento ainda melhor nos atributos do Universal Serial Bus. Surgida em 2007, a nova versão do barramento aumento bastante a sua capacidade de utilização.

Com o USB 3.0 você consegue realizar trocas de dados em velocidades de até 4,8 gigabytes por segundo. Um dos grandes responsáveis por isso é o fato de que ele permite o envio e o recebimento de informações simultaneamente. Em suas versões anteriores, como na popular 2.0, o Universal Serial Bus não conseguia fazer isso, alternando entre mandar e receber dados.

As melhorias também se refletem na transmissão energética, com capacidade subindo de 500 miliamperes para 900 miliamperes, o que praticamente dobra o seu poder de enviar e receber cargas. 

O que praticamente dobra o seu poder de enviar e receber cargas. 

Por fim, as mudanças também surgiram no sistema de conexão. O USB 3.0 pode contar com pontas “tradicionais”, tendo como diferencial a coloração. Você é capaz de identificá-lo pelo tom azulado em seu interior.

E nos jogos?

Muita gente se pergunta se o tipo de porta USB a ser utilizada no computador pode influenciar ou não na hora de você jogar no PC. A resposta correta é que… Depende! Isso mesmo, você precisa saber qual será o uso do Universal Serial Bus para apontar se é preciso utilizar uma solução mais nova ou se a tradicional já basta.

Em termos gerais, o USB 2.0 é capaz de cobrir as maiores necessidades de um gamer. Conexões de headsets, fones de ouvido, teclados e mouses, em geral, funcionarão sem problemas com este tipo de barramento.

Isso, no entanto, não se encaixa quando falamos de conexões para trocas de dados. Se você tem os seus games instalados em um SSD móvel, por exemplo, é fundamental a utilização de um dock que trabalhe com USB 3.0, uma vez que a transmissão de dados é 10 vezes mais rápida, além de funcionar em uma “via de mão dupla”.

Lembrando que é preciso que o receptor também seja 3.0, ou seja, não adianta você tem um dispositivo que funcione com Universal Serial Bus 3.0 se a sua placa mãe ainda não tem suporte à tecnologia. Seu gadget irá funcionar normalmente, uma vez que USB é retrocompatível, contudo, ele irá trabalhar com a velocidade do 2.0.

O que está por vir?

Depois do USB 3.0, diversas novidades já surgiram. Chamado por algumas publicações da indústria especializada de USB 4.0, o chamado USB-C, por exemplo, conta com melhorias tradicionais e uma mudança importante para o padrão: diferentes tipos de conectores. 

Ele conta com um encaixe simétrico, ou seja, adeus às confusões na hora de conectar um USB virando-o para lá e pra cá. Como não poderia deixar de ser, ele aumenta a velocidade de transmissão de dados, atingindo até 10 gigabytes por segundo. O USB-C também suporta uma potência de até 100 Watts, ou seja, há fabricantes que podem vir a utilizá-lo até mesmo como padrão de cabo para o carregamento de notebooks. 

Fonte(s): Oficina da Net, Canaltech, Olhar Digital, TechTudo