TECNOLOGIA
Memória GDDR5: o que é e como funciona?
Como você já sabe, quando alguém decide comprar uma nova GPU (unidade gráfica de processamento), diversos pontos e características precisam ser avaliados, afinal de contas, são vários os fatores que podem influenciar no desempenho do periférico.
Você precisa checar fabricantes, modelos, processadores, preços e, também, tipo de memória presente no periférico. Isso porque há categorias diferentes de RAM para as GPUs, como a memória GDDR5, por exemplo, desenvolvida exclusivamente para trabalhar com placas de vídeo.
Desenvolvida exclusivamente para trabalhar com placas de vídeo.
Atualmente, as principais placas de vídeo do mercado apresentam aos consumidores tipos diferentes de memórias e, entre as mais utilizadas podemos citar GDDR3, GDDR5 e, entre outros modelos mais antigos, até mesmo DDR3.
Memória de vídeo
Pois bem, quando falamos de placas de vídeo, temos a tendência de “diminuir” a sua complexidade, dando a entender que trata-se, talvez, de apenas um chip anexo à placa mãe do computador. Na verdade, estamos falando de um sistema quase completo, com processador, reguladores de tensão, memória… Enfim, praticamente uma placa-mãe!
Em uma placa de vídeo, o papel da memória é semelhante ao da RAM no computador. A diferença é que, enquanto esta armazena as informações relacionadas ao processador do PC, a memória de vídeo trabalha guardando exclusivamente os dados acessados pela GPU.
Outro ponto em comum é o fato de que essas informações trafegam em bits. Dessa forma, aqui a velocidade de transmissão e a interface utilizadas são fundamentais para que o desempenho entregue pelo sistema seja o maior possível.
DDR SDRAM ou GDDR?
Pensando em otimizar o trabalho das memórias dedicadas às funções da placa de vídeo, as empresas de tecnologia desenvolveram a tecnologia GDDR (Graphics Double Data Rate ou, em português, algo como Taxa de Dados de Gráficos Dobrada).
E, apesar de em suas raízes a GDDR ter grandes similaridades com o padrão DDR SDRAM, algumas distinções na sua arquitetura e, em seu funcionamento, deixam o seu desempenho bastante superior. Entre as diferenças, destacam-se:
- Memórias GDDR conseguem requisitar e enviar informações de forma simultânea no mesmo ciclo, algo que as DDR já não permitem;
- A GDDR usa muito menos energia e também produz menos calor, o que lhes confere a possibilidade de entregar mais desempenho, mesmo com sistemas simples de resfriamento;
- Enquanto que as memórias DDR mais avançadas atualmente conseguem trabalhar com canais de 64 ou 128 bits, as GDDR funcionam com até 8 canais diferentes de 64 bits cada um.
SDRAM ou SGRAM?
Como você já deve saber, as memórias RAM atuais trabalham na arquitetura DDR SDRAM (Double Data Rate Synchronous Dynamic Random-Access Memory ou, em português, Memória de Acesso Aleatório Dinâmica Síncrona com Interface de Alta Largura de Banda).
Para focar no trabalho com placas de vídeo, foi desenvolvido o SGRAM – Graphics Double Data Rate Synchronous Dynamic Random-Access Memory (em português, algo como memória de acesso aleatório dinâmica síncrona com fluxo de dados duplo para gráficos).
A ideia, aqui, foi evoluir a tecnologia SDRAM para que sua adaptação às GPUs trouxesse maior desempenho. Dessa forma, se a SDRAM permite que a memória sincronize-se com o barramento da CPU em velocidades de até 100 MHz, a ideia é que o SGRAM consiga fazer com que a memória de vídeo também seja capaz de fazer isso.
A tecnologia SDRAM para que sua adaptação às GPUs trouxesse maior desempenho.
Ela também traz outras ferramentas que visam aumentar o seu desempenho, como gravações em blocos e aumento inteligente de banda para realizar funções que demandem muito esforço por parte da placa gráfica.
GDDR5 SGRAM
Com tantos benefícios se comparadas às outras alternativas de mercado quando o assunto é desempenho, é natural que as melhores placas disponíveis trabalhem com memória GDDR5. A ideia é que ela ajude às GPUs a atingirem velocidades extremas de processamento gráfico.
Para tanto, dependendo do modelo da placa de vídeo, você encontrará taxas de 512 bits, algo que permite a transferência de muito mais informação ao mesmo tempo, garantindo que as texturas em alta definição dos games modernos possam ser processadas rapidamente.
Se você estiver jogando um game complexo, com um vasto mundo aberto e uma infinidade de texturas, por exemplo, uma GPU com memória mais avançada terá mais velocidade na hora de “conversar” com o PC e carregar os elementos gráficos necessários para a fluidez da sua jogatina.
Uma GPU com memória mais avançada terá mais velocidade na hora de “conversar” com o PC.
Por fim, como falamos no início deste artigo, vale lembrar que a memória é apenas um dos diversos aspectos que compõe uma excelente Placa de Vídeo. Dessa forma, é preciso que você tenha em mente que uma memória de ponta não fará milagres se a placa de vídeo não contar com uma GPU que faça juz a sua capacidade de trabalho. Ou seja, é necessário conhecer cada aspecto da placa e pesquisar muito antes de adquirir qualquer produto do tipo.
Fonte(s): Computer Hope, Webopedia Gamer Nexus