TECNOLOGIA
O que é CPU e para que isso serve em um computador?
Praticamente tudo aquilo que fazemos no computador, do momento em que o ligamos até a hora de jogar, depende do processador. Também conhecida pela sigla CPU, esta peça tão importante é a Unidade Central de Processamento (Central Processing Unit), muitas vezes descrita como o “cérebro”, o que já revela um pouco do para que ela serve no seu PC.
É um dos componentes com os quais você mais deve se preocupar na hora de montar uma máquina, uma vez que afeta diretamente o desempenho de todo o seu sistema, controlando o fluxo de dados, instruções e componentes. Falaremos um pouco mais sobre como a CPU funciona, quais as suas partes e também qual a importância do clock e do número de núcleos.
O que faz uma CPU?
A comparação com o cérebro humano não é por acaso: o CPU é um pequeno chip capaz de processar grande parte das operações e dados que utilizamos no dia a dia. Instalado na placa mãe do computador, ele se comunica diretamente com outros componentes, sendo responsável por processar os dados recebidos, executando operações, cálculos complexos e utilizando instruções para fazer o sistema operacional e todos os programas rodarem no seu computador.
O CPU é um chip relativamente pequeno, construído a partir de bilhões de transistores, os quais são alocados estrategicamente para receber e processar dados complexos em altíssima velocidade. Alguns dos modelos mais novos de processadores chegam a ter mais de 9 bilhões de transistores.
O mais impressionante é que mesmo com tantos componentes, eles têm uma área que geralmente não passa de 3 centímetros quadrados.
O mais impressionante é que mesmo com tantos componentes, eles têm uma área que geralmente não passa de 3 centímetros quadrados. Para fazer essa “magia” acontecer, são necessários processos de fabricação em escala nanométrica, o que resulta em componentes que só podem ser observados sob um microscópio.
Para agilizar a leitura das informações, os processadores modernos também possuem as suas próprias memórias embarcadas. São as “famosas” memórias cache, divididas em níveis. A nomenclatura parte do L1, passando por L2 e L3, sendo a primeira a mais rápida, a mais próxima e também a mais cara dentre elas.
O modelo Intel® Core™ i9-9900K, um dos atuais top de linha, possui 16 MB de cache inteligente. Pode parecer pouco para quem está acostumado a lidar com Gigabytes das memórias RAM, mas estamos falando de um outro tipo de memória que é muito superior em velocidade, auxiliando diretamente a CPU.
O que é o clock do processador?
O clock do processador é geralmente medido em Gigahertz – GHz (ou Megahertz – MHz, para os modelos bem mais antigos) e determina o número de ciclos de operação realizados em um segundo. Quanto mais alta for essa taxa, mais instruções serão processadas.
Uma coisa que você perceberá ao procurar por processadores é que as descrições normalmente trazem o clock padrão e também o chamado “Boost Clock” ou “Turbo Max”. É uma frequência de operação que as CPUs atingem por um período de tempo mais curto, quando uma tarefa demanda mais velocidade.
O processador tem um funcionamento tão avançado que se adapta à demanda. É a melhor forma de operar de forma silenciosa, gerando menos calor e consumindo menos energia.
Se você abrir o gerenciador de tarefas do Windows 10 e ver o seu processador operando a uma frequência extremamente baixa quando não estiver com muitos programas abertos em plano de fundo, não se assuste! Isso é completamente normal. Na realidade, o componente tem um funcionamento tão avançado que se adapta à demanda, acelerando somente quando necessário. É a melhor forma de operar de forma silenciosa, gerando menos calor e de quebra consumindo bem menos energia.
É importante destacarmos que o clock não é tudo: muito da eficiência de um processador vem da sua arquitetura, número de núcleos, otimização, cache utilizado, entre tantos outros fatores. Por isso é errado compararmos 2 processadores concorrentes apenas pela frequência de operação.
Quanto mais núcleos, melhor?
Geralmente, sim. Um processador com mais núcleos pode gerenciar melhor as tarefas que estão em execução, distribuindo a carga de serviço adequadamente entre cada uma dessas unidades menores.
Imagine, por exemplo, que você queira fazer streaming de Fortnite. É necessário que o processador não só aguente rodar o jogo, mas também os aplicativos de captura e transmissão de vídeo, a conexão com a internet (que terá tráfego intenso de dados), o próprio sistema operacional e outros componentes adicionais. Já pensou ter apenas um núcleo para tanto trabalho?
Por isso o número de núcleos é um fator muito importante na hora de comprar o seu processador. Como estamos cada vez mais multitarefa, é importante ter uma CPU à altura daquilo que vamos executar. Alguns processadores da Intel como, o Intel® Core™ i5 8400, já possuem 6 núcleos físicos. O Intel® Core™ 9700K tem ainda mais: é um octa-core (8 núcleos) de altíssimo desempenho, aguentando as tarefas mais pesadas, ainda que elas estejam rodando simultaneamente.
Apesar de todas as vantagens que listamos, é importante ter em mente que o software precisa estar otimizado para fazer um bom uso da tecnologia multicore. Sem isso, ele não tirará o máximo proveito da configuração oferecida. A boa notícia é que quase todos os programas (principalmente os jogos) lançados nos últimos anos já vêm sendo programados para fazer uso de múltiplos cores.
Agora que você já sabe mais sobre as CPUs e a importância delas no seu computador, faça a sua parte: não deixe que seus amigos fiquem apontando para o gabinete dizendo que aquilo tudo é “a CPU”. Até a próxima!